O secretário-geral do Partido Socialista afirmou, este sábado, que nas próximas eleições legislativas os portugueses terão de enfrenta uma escolha entre duas mundivisões, entre o progresso e a modernidade dos socialistas, e outra retrógrada e conservadora.
José Sócrates falava no comício de "rentrèe" do PS, na Praia de Santa Cruz, em Torres Vedras. A iniciativa assinalou também o encerramento do Campus da JS, que juntou cerca de um milhar de jovens desde quinta-feira à noite.
Numa referência a Manuela Ferreira Leite, José Sócrates advertiu que a 27 de Setembro «uma das principais escolhas será entre duas mundivisões».
«Há duas formas de olhar para a sociedade e para o futuro. Aqui, neste partido, neste Governo, ninguém acredita que o casamento deve servir apenas para a procriação; aqui ninguém acredita que é preciso uma lei do divórcio que o dificulte, porque aqui acredita-se na liberdade e na tolerância», declarou, perante uma plateia de jovens.
No mesmo capítulo da sua intervenção, o líder socialista reivindicou para o PS a defesa de uma sociedade aberta e tolerante.
«Aqui, no PS, ninguém se lembraria de dizer que as obras públicas é para dar emprego a cabo-verdianos ou ucranianos. Essa mundivisão não tem lugar nem no PS nem num país progressista e moderno como queremos para Portugal», afirmou, em nova referência implícita a Manuela Ferreira Leite.
O PS apresenta-se às eleições como protagonista «de uma visão moderna do país».
«Estamos aqui para lutar contra uma visão passadista, uma visão retrógrada, conservadora, que não está à altura dos tempos. Este é o tempo de lutarmos por um país de progresso, de futuro, europeu e à altura do seu tempo, com abertura, tolerância e vontade de vencer», acrescentou o líder socialista e primeiro-ministro.