Manuela Ferreira Leite anda há meses a criticar os partidos políticos sobretudo o Partido Socialista e o Governo a quem acusa de usar dinheiros públicos para fazer propaganda e campanha.
Os portugueses lêem nos "out-doors" do PSD o slogam Verdade (com V grande e tudo). Tudo não passa de uma forma ardilosa de conquistar o voto dos eleitores agora que se está em época de eleições,
De visita em pré-campanha eleitoral à Madeira, Manuela Ferreira Leite não se coibiu de usar um carro do Governo Regional da Madeira, pertença do Estado Português, pago pelo erário público, para fazer campanha eleitoral no Funchal.
A líder do PSD fez várias deslocações na viatura oficial, ao lado de Alberto João Jardim, numa visita à ilha que foi sempre apresentada com uma acção da campanha eleitoral do PSD.
Confrontada com o facto de participar numa inauguração, quando critica a utilização de dinheiros públicos para fazer campanha, Ferreira Leite respondeu “Aqui fazer uma inauguração não gasta dinheiro. Tenho de me envergonhar por haver uma inauguração?”. Cai o verniz e revela-se a verdadeira Manuela Ferreira Leite.
Manuela Ferreira Leite afirmou também que não encontra “asfixia democrática” na Madeira. A presidente do PSD justifica que “aqui quem legitima o poder é o voto do povo”. “Não está aqui ninguém por imposição, está aqui alguém em resultado dos votos”, frisou.
E o primeiro-ministro “não está legitimado pelos votos”?, questionaram os jornalistas. “Também é assim. É evidente que não estou a pôr em causa a legitimidade da legislatura do engenheiro José Sócrates”, reconheceu Ferreira Leite.
A líder social-democrata insiste que “há asfixia democrática no continente” porque, diz, ela própria tem “sentido esses aspectos: todos os jornalistas, todos os empresários, muitas pessoas da sociedade civil percebem que estão sob algum tipo de retaliação, estão sob algum tipo de chantagem em relação aquilo que é susceptível de fazer caso ousem criticar o governo”.
Será que Manuela Ferreira Leite se enganou e se queria referia à Madeira?
Não sabemos.