PS CORAÇÃO DE JESUS

Setembro 11 2009

O modelo de governação que propomos valorizará a participação dos cidadãos e a actuação
concertada dos serviços municipais, dos agentes económicos, culturais e socais, na realização das tarefas e projectos conjuntos, através de um alinhamento de objectivos estratégicos construídos e concertados de forma coerente.


A organização da administração da cidade e os sistemas de informação municipal viabilizarão a permanente informação e monitorização pelos cidadãos e empresas da actividade do Município e das questões relevantes de Lisboa.
 

É prioritária a reforma administrativa da cidade, assente numa dupla descentralização: do Município para as Freguesias e do Estado para o Município.
 

Esta reforma deve incentivar as freguesias a associarem-se à escala do bairro, dotando-as dos meios e competências para que exerçam funções urbanas de proximidade, como a manutenção de pavimentos, calçadas e jardins, equipamentos de proximidade, limpeza urbana, gestão de apoios sociais e às colectividades, licenciamento das pequenas obras, pequenas reparações no domicílio ou qualificação e manutenção do espaço público.
 

Mas tal reforma também implica reclamar do Estado que este devolva à cidade as competências vitais à sua gestão, em matérias como os transportes públicos, a fiscalização e regulação do trânsito, a plena gestão do seu território ribeirinho, a assumpção de responsabilidade política efectiva no quadro da Autoridade Metropolitana de Transportes e a gestão dos transportes que operam na cidade de Lisboa.


Entendemos que o futuro sistema de governação de Lisboa deve assentar no reforço da proximidade, eficiência, rigor, participação e transparência.


Medidas a prosseguir:
 

Reforço da proximidade


• Desenvolvimento de um processo de descentralização municipal para freguesias ou agrupamentos de freguesias, que voluntariamente se associem, das competências executivas, operacionais e de front-office da Câmara.
• Reorganização dos serviços municipais, para estarem aptos a actuar à escala local de forma integrada e responderem de forma mais célere às necessidades locais, em ligação estreita com as freguesias.
• Criação de uma Extranet entre os serviços municipais, as empresas municipais e as Juntas de Freguesia para partilhar informação e estabelecer parcerias na prestação de serviços aos cidadãos.
• Ampliação do Balcão Único Municipal às Juntas de Freguesia para garantir o atendimento próximo aos cidadãos e prestar um melhor serviço em particular à população mais idosa.
 

Reforço da eficiência e rigor


• Agilização da comunicação inter-serviços, reforçando as relações horizontais entre departamentos.
• Vinculação da administração municipal às estratégias e objectivos aprovados, desenvolvendo uma gestão por objectivos e a prestação de contas.
• Reestruturação da política de recursos humanos, com a revalorização dos recursos de liderança, recursos humanos e recursos organizacionais e com o incentivo da formação e valorização profissional.
• Consolidação de uma política exigente e transparente na gestão dos recursos financeiros e patrimoniais do Município.
• Alargamento do Programa «Simplis», com novas medidas de simplificação administrativa e de reengenharia de processos e criação de novos serviços para os cidadãos e empresas.
• Reforço da articulação entre a Câmara Municipal, a Assembleia Municipal e as Juntas de Freguesia, permitindo a conjugação de esforços dos órgãos da cidade em prol dos Lisboetas.


Reforço da participação


• Reforço da cidadania activa, promovendo a articulação dos Conselhos representativos da sociedade civil e dos cidadãos com os trabalhos da Assembleia Municipal.
• Implementação da agenda Local XXI.
• Reforço de comunicação e interacção com os cidadãos, designadamente através do aprofundamento do processo do orçamento participativo (especialmente aos níveis mais locais) e da promoção de procedimentos de consulta pública para áreas de interesse relevante para aqueles.

 

Reforço da transparência


• Melhoria da qualidade e atendimento dos serviços, reforçando o atendimento presencial e o atendimento on-line.
• Lançamento do portal «Porta Aberta», divulgando e disponibilizando on-line toda a informação sobre os projectos e regulamentos municipais, bem como os indicadores de gestão e estatísticas relacionadas com a actividade autárquica (população, património, mobilidade, qualidade ambiental, utilização de equipamentos e apoios sociais).
 

Finalmente, a cidade deverá, nos próximos anos, reforçar a gestão dos solos e do património municipal.
 

A Câmara é detentora de um vasto património de solos e edifícios que nem sempre tem sido gerido de forma transparente e rigorosa. Neste mandato foram concluídos novos Regulamentos, em que as regras de aquisição ou cedência de património municipal são claras e universais, nomeadamente o Regulamento de Alienação de Complementos de Lote

e o Regulamento de Alienação de Imóveis Municipais.


Mas é preciso definir uma nova política de solos e de gestão do património municipal, com vista a promover o uso sustentável do solo, entendido como bem escasso, e a permitir a adequada intervenção do Município no mercado fundiário, articulando a administração do património com a gestão urbanística, a política de habitação, a instalação de equipamentos e a boa execução orçamental.


Para isso serão desenvolvidas as seguintes medidas:
• Criação do Fundo Municipal de Urbanização, previsto na lei de solos para garantir a constituição permanente de reservas públicas de solos
• Registo integral de todos os solos municipais e disponibilização on-line do cadastro municipal

• Programação dos solos destinados à habitação pública ou apoiada e aos equipamentos de proximidade
• Monitorização das cedências e permutas previstas nos Planos Municipais de Ordenamento do Território (PMOT)
• Monitorização do mercado de solos, através de uma base de dados geo-referenciada que permita conhecer a evolução real do preço/m2 e construir cartas de isopreços
• Definição da estratégia de venda ou aquisição de solos e edifícios municipais em função do papel regulador do município no mercado e não apenas como recurso de emergência orçamental

 

Esta visão de futuro e estes princípios programáticos distinguem-nos no contexto das escolhas que são oferecidas aos lisboetas nas próximas eleições.


Vão defrontar-se dois modelos de governo da cidade: um modelo de gestão casuística, com uma liderança populista, insensível à especulação imobiliária e à sustentabilidade financeira das decisões; e um modelo baseado no rigor, na transparência das decisões e na participação dos cidadãos.


Lisboa aprendeu já, à sua própria custa, que o imediatismo, a improvisação, o voluntarismo, a impreparação e o populismo fácil pode ser trágico para a cidade.
 

A cidade que queremos é uma cidade aberta e cosmopolita, que valoriza os bens públicos, o espaço público e a igualdade de oportunidades no acesso aos direitos sociais. Rejeitamos a ideia de uma cidade segregada e segmentada, onde condomínios de luxo e  equipamentos privados convivem com bolsas de pobreza e de exclusão; que ergue barreiras entre os habitantes e empobrece a experiência de vida de todos.


Investimos em políticas de proximidade, nos locais em que os lisboetas residem, valorizando a vida de bairro, melhorando os pequenos espaços de encontro e a instalação de equipamentos. Não mobilizamos recursos financeiros municipais para obras ostentatórias ou de fachada.


Valorizamos a fixação de pessoas na cidade, por via do investimento na diversificação da oferta imobiliária, na reabilitação do edificado e no papel regulador do Município. Sabemos que o simples jogo do mercado não permite o aparecimento de oferta de habitação a preço razoável no centro da cidade. Sabemos que para incentivar a fixação de famílias não basta a oferta de habitação, mas que é preciso que a cidade invista na requalificação da sua rede de escolas, de centros de saúde e de espaço público. E sabemos também que uma visão de desinvestimento na escola pública ou de desleixo na manutenção dos espaços públicos é um dos mais poderosos factores de abandono da cidade por parte das famílias.


Acreditamos numa cidade segura, onde a redistribuição da rede territorial das esquadras, a mobilização da polícia municipal e a participação dos cidadãos permite aos lisboetas de todas as idades viver a cidade com tranquilidade, sentindo-se livres para circular em segurança e conforto e permitindo a convivência pacífica de todas as culturas e etnias que valorizam a cidade. Recusamos a visão securitária das políticas de segurança, que alimenta a desconfiança do que é diferente.


Queremos apostar no transporte colectivo e nas deslocações rápidas, confortáveis e seguras, nos modos suaves de locomoção, e não na construção de grandes infra-estruturas viárias que sobretudo atraem o trânsito automóvel para o centro da cidade.
 

Acreditamos que os desafios que se colocam a Lisboa não são apenas responsabilidade do Município, mas passam também pelo desenvolvimento da participação de todos. A cidade é de todos, para todos e todos podem ter uma palavra a dizer.


Em suma: queremos uma cidade para as pessoas, ambientalmente sustentável, economicamente competitiva, socialmente solidária, governada com ambição, rigor, transparência e participação.

 

in "Programa eleitoral Unir Lisboa"

publicado por pscoracaodejesus09 às 18:28

Setembro 11 2009

A cidade de Lisboa sofreu durante as últimas décadas uma profunda alteração da sua estrutura demográfica, evidenciando um forte envelhecimento na base e no topo da pirâmide etária.
Os pontos críticos resultantes desta tendência são: o elevado grau de envelhecimento da população, em especial a progressão das pessoas com mais de 75 anos, a exposição à pobreza e as assimetrias de qualidade do habitat, com particular impacto na autonomia das pessoas que avançam na idade.
Neste contexto, emergem grandes preocupações para o governo da cidade para os próximos anos: adaptação da cidade ao envelhecimento da população residente; promoção da participação das pessoas idosas nas decisões que lhes dizem respeito; aumento da oferta quantitativa e qualitativa dos serviços e das acções adequadas às suas necessidades e às suas expectativas de viver mais anos com qualidade.


Os objectivos que nos propomos alcançar até 2013 são:


• Criar as condições para que o Município integre as diferentes componentes do envelhecimento nos vários níveis deintervenção, como o urbanismo, habitação, acessibilidade, espaço público e acção social.
• Criar condições amigáveis no espaço público e no espaço doméstico, que propiciem uma melhor qualidade de vida e possibilitando a todos o efectivo direito a usufruir a cidade.
• Promover o envelhecimento activo, numa lógica intergeracional, apoiando o voluntariado sénior e as iniciativas da sociedade civil que prestam inegáveis serviços à cidade através dos respectivos convívios intelectuais e das actividades de promoção de competências.
• Promover iniciativas que integrem os mais velhos que queiram colaborar em actividades de utilidade social (como o aconselhamento na governança do bairro, a observação e suporte às actividades em parques infantis e espaços verdes, a segurança dos atravessamentos junto de escolas, a participação em actividades extracurriculares e outras
actividades de interesse público municipal).

 

Assim, destacamos algumas medidas especificamente dirigidas à resolução de problemas que afectam as pessoas mais velhas da cidade:


• Combate ao isolamento, com recurso a redes de apoio de voluntários e instituições e às novas tecnologias, facilitando o acesso a teleassistência.
• Criação do AJUDALISBOA, um serviço de apoio permanente “24 horas/7dias semana” para a disponibilização de serviços como pequenas reparações domésticas, apoio domiciliário, compra de medicamentos. Este programa ficará sob gestão das juntas de freguesia associadas, assumindo o Município os encargos financeiros.
• Promoção da mobilidade, com revitalização do programa «Lisboa Porta a Porta», como um serviço polivalente de apoio aos mais idosos ou aqueles com dificuldades de mobilidade. Este programa ficará sob gestão das juntas de freguesia associadas, assumindo o Município os encargos financeiros.

• Melhoria da acessibilidade e conforto de áreas de convívio e de estar na cidade, em especial nos bairros mais envelhecidos.
• Melhoria da acessibilidade e conforto em fogos habitados por pessoas com mais de 65 anos.
• Alargamento do número de intervenções no domicílio ao nível de pequenas obras e reparações, dando prioridade aos bairros com maiores índices de envelhecimento e pobreza.
• Construção de cinco residências assistidas, no Bº Padre Cruz, na Graça, em Campolide e na Baixa de Lisboa.
• Disponibilização de 750 novas camas em unidades de cuidados continuados até 2013, em parceria com instituições de solidariedade social e com a administração central.
• Desenvolvimento do Programa Apoio 65 - Idosos em segurança, em colaboração com a administração central.

• Apoio na implementação de núcleos de informação/aconselhamento de proximidade, para matérias como prestações sociais, questões jurídicas, acesso a serviços, oportunidades de trabalho voluntário.

 

In "programa eleitoral Unir Lisboa"

 

Aceitaremos de bom grado estas novas funções fruto da descentralização anunciada e procuraremos colaborar com a Câmaa para que os seus objectivos sejam plenamente atingidos.

publicado por pscoracaodejesus09 às 18:14

Setembro 11 2009

Percorrer, entre hoje e domingo, alguns dos  bairros mais antigos de Lisboa, do Martim Moniz aos Anjos, e provar comida  exótica, aprender danças indianas ou assistir a concertos multiculturais  é a proposta do projecto Todos - Caminhada de Culturas.  
  
Ao longo de quatro dias, quem quiser conhecer as diversas culturas que  habitam a cidade terá visitas guiadas pelas ruas de S. Domingos, Martim  Moniz, Intendente, Mouraria e Anjos, roteiros de moda e gastronomia, exposições  de fotografia e filmes, aulas de canto e culinária e concertos e espectáculos  de teatro e dança.    
  
Concebido por Miguel Abreu, Madalena Victorino, Giacomo Scalisi e Inês  Barahona, em parceria com a Academia de Produtores Culturais, Todos - Caminhada  de Culturas é um evento integrado na programação do LEM (Lisboa, Encruzilhada  de Mundos), da responsabilidade da vereadora Manuela Júdice, da Câmara Municipal  de Lisboa.  
  
Aos concertos da portuguesa Incrível Tasca Móvel, hoje e sexta-feira,  às 21:30, na Rua da Mouraria, e da italiana Orchestra di Piazza Vittorio,  sábado, à mesma hora, no Largo do Intendente, junta-se a fanfarra indiana  Jaipur Maharaja Brass Band, que desfilará, sábado e domingo, ao longo do  dia, pelas ruas entre o Largo do Intendente e o Martim Moniz.  
  
Aí será, também sábado e domingo, o ponto de partida para "DeambulaSom":  caminhadas sonoras por esses bairros de Lisboa, em que os participantes  terão os olhos vendados, deixando-se orientar pelos outros sentidos.  
  
Até domingo, os habitantes dos bairros mais cosmopolitas da cidade poderão  até convidar o público a visitar as suas casas, a descobrir uma escadaria  de azulejos à luz da vela ou uma mesquita onde só os homens podem entrar. 
  
Há alguns meses a trabalhar no terreno, o fotógrafo francês Georges  Dussaud exibirá o seu trabalho final nas paredes vazias dos edifícios, revelando  imagens novas de uma população oriunda de vários pontos do mundo.  
  
Lojas, restaurantes, cabeleireiros, lugares de culto e associações juntaram-se  também a esta Caminhada de Culturas que incluirá ainda troca de livros e  bookcrossing, construção de mapas efémeros em colchões espalhados pela rua,  a explicação das regras do Jogo da Laranjinha e a história do bairro e do  fado, cantada ao vivo pelo senhor Fernando Baguinho, que é sapateiro na  Rua dos Lagares.

publicado por pscoracaodejesus09 às 15:38

RIGOR E COMPETÊNCIA
Setembro 2009
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5

6
7
8
9

17

24
26

27


as minhas fotos
pesquisar
 
Eleitos socialistas para a Assembleia de Freguesia de Coração de Jesus
Eduardo Faria Caetano; Ermelinda Caetano; José Manuel dos Santos; Sónia Miranda.
Suplentes à Assembleia de Freguesia de Coração de Jesus pelo PS
Gustavo Seia; Maria Natércia Constâncio; Manuel Alçada Alves; Maria Teresa Silva; Hugo a Malcato; Manuela Brás Valente; Carlos Miranda; Luísa Sofio; José Bessa
Contacte connosco
coracaodejesus09@gmail.com
subscrever feeds
blogs SAPO